Bruna Terramoto, 28 anos, natural de Luanda, engenheira de Recursos Naturais e Ambiente, professora de recursos ambientais.

Para além de professora, Bruna é distinta na sociedade como uma influente youtuber, que tem como missão influenciar as mulheres a amarem-se e descobrirem o seu real valor. Como fazedora de opinião, ela vai passando a mensagem de esperança, ressalvando que vai “ficar tudo bem”, e que é o momento de despirmos o nosso ego de coisas supérfluas e vestirmos aquilo que não se compra (valores morais e empatia) …, porque juntos somos mais fortes.

- Eu sou gente porque tu és… Em mim tem uma parte tua.

Actualmente, Bruna reside em Menongue, tem acompanhado a adesão da população no cumprimento das regras de segurança, apesar das más condições em certas unidades sanitárias, encarando a obediência como um dever patriótico.

- Isso vai passar. Quanto mais cedo cumprirmos, mais cedo voltaremos ao “normal”, por isso, devemos agarrar esta oportunidade e ver as vantagens, adquirindo novas habilidades, para serem aplicadas posteriormente e trabalharmos a sério.

Aprendi com a quarentena que a família é o bem mais precioso que temos, que a responsabilidade da educação dos nossos filhos tem sido negligenciada e que a necessidade é a mãe da criatividade.

Se tivesse de mudar alguma coisa na vida dos angolanos, mudaria o elemento principal, a mentalidade… Pois eu acho que está na hora de encararmos a África como a nossa casa. Os nossos países limitantes são os irmãos e devemos beber da experiência deles.

Não existe fórmula milagrosa para isto. Resgatar a nossa história e buscar a nossa identidade, pois, só assim saberemos o que é, como fazer para superar as nossas dificuldades na realidade actual. Podemos começar por investir na agricultura e na educação…, pois precisamos nos tornar autónomos. O angolano é forte e hábil.

Por enquanto vou gerindo a quarentena como mãe, professora ao domicílio, laceira e cozinheira… (Risos)

A meditação e o pensamento positivo e amor ao próximo, têm sido as armas desta guerreira, porém acredita que:

- Vai ficar tudo bem, melhor do que antes. Estamos numa fase transitória para um novo ciclo.