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O mundo chora a morte de Cecil

A morte de Cecil, o leão mais famoso do Zimbábue, provocou uma onda de indignação internacional e a última homenagem de que foi alvo aconteceu em Nova Iorque, no último sábado, dia 1 de Agosto. Uma fotografia gigante de Cecil foi projectada na fachada do EmpireState Building. A iniciativa “Projectar a Mudança no Empire State Building”  visa aumentar a consciência sobre a situação dos animais em vias de extinção. O vídeo, com duração de oito minutos, foi idealizado por Louie Psihoyos, fundador da  Oceanic Preservation Society  e autor do documentário The Cove, que retrata a indústria de caça dos golfinhos no Japão e venceu um Óscar em 2009.
Desde que foi divulgada a identificação de Walter Palmer, o dentista americano que matou a mascote do Parque Nacional de Hwange, dezenas de pessoas têm-se manifestado em frente ao consultório do dentista e a sua página na rede social Facebook tem sido inundada por comentários de internautas revoltados. Celebridades, como o comediante Ricky Gervais, a cantora Juliette Lewis, a actriz Mia Farrow e a modelo sul-africana Candice Swanepoel também criticaram o caçador na Internet.

Zimbábue e EUA a investigar

De acordo com as autoridades de Harare, Walter Palmer poderá ser extraditado para o Zimbábue para ser julgado por ter participado numa caça ilegal. Os dois alegados cúmplices de Palmer, Trymore Ndlovu, o proprietário do terreno de caça, e Theo Bronkhorst, um caçador local já foram a tribunal, mas negaram as acusações de caça furtiva, tendo sido libertados sob fiança. As autoridades norte-americanas também estão a investigar o caso para perceber se o caçador violou a lei norte-americana.
Cecil, famoso pela sua juba negra, tinha 13 anos e, segundo as ultimas notícias, foi atraído para fora da área protegida e foi ferido com flechas. Alegadamente, o dentista norte-americano terá seguido o animal durante horas até conseguir abatê-lo a tiro. Esta não é primeira vez que Walter Palmer está a contas com a justiça devido à caça. Em 2008 foi condenado pela morte de um urso, fora de uma zona autorizada de caça no estado do Wisconsin. Num comunicado, o dentista alegou inocência, afirmando ter agido sempre dentro da legalidade e que não sabia que o leão era famoso (Cecil usava um colar com GPS por integrar um projecto de pesquisa da Universidade Oxford, de Inglaterra), tendo confiado no profissionalismo dos guias zimbabuenses. No entanto, grupos de ecologistas acusam o norte-americano de ter pago 46 mil euros para matar o leão.

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