𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗶 𝘂𝗺 𝗮𝘃𝗶ã𝗼, 𝗼 𝗶𝗺𝗽𝗮𝗰𝘁𝗼 𝘃𝗮𝗶 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗮𝗹é𝗺 𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝘃ê 𝗻𝗮𝘀 𝗻𝗼𝘁í𝗰𝗶𝗮𝘀.
Nos 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼𝘀, a maioria das pessoas pergunta-se qual foi a causa ou quem foi o culpado.
Passados 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗻𝘀 𝗺𝗶𝗻𝘂𝘁𝗼𝘀, começa-se a pensar nos sobreviventes e nas famílias enlutadas, naqueles que se despediram de alguém sem saber que era a última vez. Surgem perguntas sem resposta, desenvolve-se um vazio difícil de preencher e de consolo quase impossível.
Após a 𝗽𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗵𝗼𝗿𝗮, dentro das companhias, o choque é brutal, não tanto pela perda financeira, mas pela partida daqueles com quem se partilhavam metas, sonhos e realizações. Abre-se uma ferida no orgulho e na responsabilidade da organização, que se traduz numa rotura no Sistema de Segurança Operacional, pondo em causa os princípios e a cultura da própria companhia.
Pouco mais de 𝗱𝘂𝗮𝘀 𝗵𝗼𝗿𝗮𝘀 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀, uma forte reflexão toma conta da cabeça de quem vive a aviação por dentro.
Pilotos, técnicos, controladores e outros profissionais são consumidos pela sensação de “podia ter acontecido comigo”, o que eleva a consciência situacional sobre os riscos presentes em cada etapa da operação.
Após 𝗰𝗶𝗻𝗰𝗼 𝗵𝗼𝗿𝗮𝘀, torna-se notícia global.
Gera luto, medo, ansiedade, e três grandes questões começam a circular no mundo todo:
𝗢 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗰𝗼𝗻𝘁𝗲𝗰𝗲𝘂 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲?
𝗤𝘂𝗲𝗺 é 𝗼 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮𝗱𝗼?
𝗦𝗲𝗿á 𝗾𝘂𝗲 𝗻ã𝗼 𝗽𝗼𝗱𝗶𝗮 𝘁𝗲𝗿 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝗲𝘃𝗶𝘁𝗮𝗱𝗼?
𝗡𝗼 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗱𝗶𝗮, 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮 𝗻ã𝗼 é 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮𝗿 𝗮 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮 𝗼𝘂 𝗼𝘀 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗺𝗮𝘀 𝘀𝗶𝗺 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗮𝗿 𝗮𝘀 𝘃𝗶𝗱𝗮𝘀 𝗽𝗲𝗿𝗱𝗶𝗱𝗮𝘀 𝗲 𝗰𝘂𝗶𝗱𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝘀𝗼𝗳𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲𝗿𝗶𝗱𝗼.