Em um mundo onde tendências e padrões ditam como devemos viver, vestir e até mesmo nos movimentar, é urgente lembrar que o corpo não precisa seguir modas ou se submeter a regras comerciais para ser saudável. O movimento corporal é uma das formas mais simples e poderosas de cuidar da saúde física e mental — e não precisa estar ligado a academias, clubes ou atividades esportivas específicas para ter valor.
Corpo em movimento: mais do que exercício, uma expressão de vida
Movimentar o corpo vai muito além de práticas padronizadas. Caminhar ao ar livre, dançar por prazer, alongar-se pela manhã, brincar com os filhos, cuidar do jardim, fazer tarefas domésticas com leveza — todas essas ações são formas espontâneas e acessíveis de manter o corpo ativo. Elas promovem saúde cardiovascular, mobilidade, força e bem-estar, sem exigirem equipamentos, roupas especiais ou mensalidades.
O movimento cotidiano, quando feito com consciência e prazer, é tão benéfico quanto uma série de exercícios em uma sala de musculação. E o melhor: ele respeita o ritmo, o tempo e as possibilidades de cada mulher, acolhendo a diversidade dos corpos e das rotinas.
Saúde mental e a potência da espontaneidade
A prática espontânea de movimentar-se não exige metas estéticas, nem desempenho técnico. Por isso, ela oferece também benefícios profundos para a saúde mental. O simples ato de mover-se livremente reduz o estresse, melhora o humor, fortalece a autoestima e ajuda a reconectar corpo e mente.
Quando o movimento é prazeroso e livre de cobranças externas, ele se torna uma forma de cuidado emocional. Não se trata de competir ou exibir resultados, mas de estar presente no próprio corpo, sentindo-se viva, leve e conectada com o momento presente.
A autonomia do corpo e a rejeição aos padrões impostos
Muitas mulheres acabam desistindo da atividade física por não se sentirem representadas nos ambientes tradicionais de prática ou por não conseguirem manter rotinas rígidas e exigentes. O movimento livre vem como alternativa libertadora: ele não exige comparação, não cobra performance, não impõe modelos de corpo.
Recusar os padrões impostos e criar uma relação autêntica com o próprio corpo é um gesto de autonomia. É escolher cuidar de si a partir do que é possível, do que dá prazer e do que faz sentido — e não a partir do que é vendido como ideal.
Mover-se é existir em plenitude
Não é preciso seguir um padrão ou uma tendência para cuidar da saúde. O corpo é sábio e responde bem ao movimento constante, natural e conectado com o cotidiano. Seja dançando, caminhando, estendendo os braços, subindo escadas, brincando ou simplesmente respirando com consciência, o que importa é permitir que o corpo se expresse.
Toda mulher tem o direito de se mover de forma livre, espontânea e prazerosa. O movimento é um caminho de liberdade, de presença e de saúde integral. Que cada mulher possa redescobrir essa força em si mesma — e mover-se, todos os dias, por si e para si.
Psicanálise e Esporte.
Cuidando da Saúde Física e Mental.
Anderson do Prado — Pinduca
@pinducaprado