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Entrevista Drª Lusindu Simão

As mais preciosas qualidades das mulheres não estão na inteligência, estão no instinto.

Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades de admirar partes isoladas … As mais preciosas qualidades das mulheres não estão na inteligência, estão no instinto.

 Hoje vamos exalar o perfume desta bela mulher que é Mãe, Médica e Professora. E procurar nos impregnar da sua essência…

Alda Lusindu Simão, de 36 anos, é natural do Huambo, licenciada em Psicologia Clinica, professora universitária e psicóloga clínica em uma das unidades de hemodialises de Luanda.

Questionada sobre como anda a mente da mulher angolana… Respondeu:

- Algumas mulheres já despertaram para a vida, mas outras ainda estão muito distraídas com futilidades… Mas para que se encontre o equilíbrio é necessário que se valorize mais o trabalho do psicólogo, que se aposte mais na formação, que se aposte mais na consolidação da família.

Defina consolidação da família!

- Famílias unidas. Não importa se é monoparental ou nuclear, o importante é que haja amor, princípios, normas, regras. Para que em cada família saiam pessoas que realmente sejam úteis para a sociedade.

Ser útil a sociedade?

- Sim, alguém que tenha um trabalho digno, pague as suas contas e que ajude o Estado com o pagamento dos impostos.

Acha que de alguma maneira a sociedade tem moldado o perfil da mulher angolana?

- Acho que sim, o dinamismo em si tem contribuído muito para mudanças. Por exemplo, nos anos 80 e 90, as coisas não eram vistas como vemos agora. 2020 Mudou a forma como era visto o mundo. A maneira de vestir, acabou sendo afectada, a questão da liberdade expressão, a comunicação, o querer… Temos cada vez mais mulheres optando por produção independente (engravidam e criam os filhos sem pais). E há cada vez mais mulheres em universidades.

O que mudarias no perfil da mulher actual (angolana)?

- Devolveria a nossa identidade. Sinto falta disso. Sinto falta de como somos. Olhas para uma mulher congolesa e sabes logo que é congolesa, podes até ficar na dúvida entre os dois congos…

Mas nós não temos isso… ficamos todas de Luanda nem mesmo as vestes de Luanda nos usamos. Os hábitos e costumes nem se falam…

E como tens gerido isso?

- Desde 2016 decidi deixar de fritar o meu cabelo, uso traje africano toda as quartas- feiras. E sempre que posso, leio e aprendo alguma coisa sobre a cultura bakongo que é de onde vem a minha cultura…

Fala-nos do teu trabalho como tens gerido a vida familiar?

- Não tem sido fácil, porque acabo ficando mais tempo na "rua" do que em casa, mas preciso disso para dar-lhes um pouco mais do que eu tive. Sei que o material não substitui o emocional, por isso, sempre que posso, crio um programa com eles nem que seja ver desenhos animados com eles.

Uma saudade…Meu pai.

Uma palavra… Gratidão.

Um momento… O Nascimento dos meus filhos.

Um conselho… Amemo-nos mais.

Um abraço.

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